quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Relato sobre a Meia Maratona de Amsterdam!



Depois de 03 dias em Amsterdam de concentração pré-prova...- tá certo, vou confessar que a gente extrapolou um pouquinho, e andou bastante pra conhecer a cidade, mas no dia anterior da prova tentamos descansar o mais que podíamos.


Pra mim isso não faria TANTA diferença, mas pro Tadeu que iria fazer a MARATONA completa, qualquer esforço físico nos dias que antecediam a prova poderiam prejudicar o seu objetivo que era terminar em 2h59.
Todas as refeições da viagem foram bem ricas em carboidratos (o que não foi um esforço pra mim, adoro pasta!) pra fazer um estoque de energia.


Finalmente chegou o tão esperado dia: Sábado 16 de outubro de 2011.
Nossa largada seria as 13h30. A largada da Maratona era de manhã às 9h30.

O Tadeu acordou cedo para ir pra prova e eu desci com ele para tomar café da manhã e dar um apoio. Assim que ele saiu já comecei a preparar meu kit corrida e a me concentrar para fazer uma prova bem focada. Estava determinada a melhorar o meu tempo!


Meu treinador [Fabio Rosa] me passou um objetivo de 1:49. Confesso que assim que recebi a planilha com os tempos achei que ele estava querendo me desafiar, afinal meu melhor tempo (três meses atrás) de meia era de 2h00 até então. Bom, mas se ele acredita em mim, pq eu não deveria acreditar??

Perto das 11h00 eu e a Vivi fomos preparar nosso almocinho: macarrão com sal, hummmm!!!
Estávamos muito animadas e confiantes, preparadas para dar nosso melhor!

11h30 saímos para a prova. Fiquei esperando a chegada do Tadeu no estádio (próximo de onde era nossa largada) o tempo foi passando e nada dele aparecer. Depois de alguns minutos recebo uma mensagem dele dizendo que estava bem mas que havia parado no km 37 por causa de caimbras.

Fiquei super triste por ele, pois a prova dele foi o motivo principal por termos escolhido Amsterdam como destino. Mas tentei focar na minha e tentar fazer o meu melhor.

A largada foi um pouco demorada, eles iam soltando aos poucos os ritmos, mas não tive dificuldade e nem aperto na saída do pórtico. Difícil foi tentar manter um ritmo mais leve no começo da prova, com tanta gente correndo do seu lado você acaba querendo acelerar o ritmo, mas eu tentei obedecer o mais que pude.

Nos primeiros km estava me sentindo muito bem, consegui baixar 10 seg em cada km. Ao chegar no 5km teria que manter o ritmo até o final.

Mais ou menos no km 12, a minha lesão do glúteo médio, já quase esquecida, começou a doer. Eram agulhadas na região do quadril e a dor se extendia por toda a parte pateral da perna até o tornozelo, cada passo era uma agonia.

Tentei focar meu ritmo km por km. Pensava: vou tentar manter esse ritmo até o próximo lap, e assim por diante.

Tiveram alguns fatores que me ajudaram na prova, como pessoas que correram do meu lado por todo o percurso, e quando viam que estava diminuindo a velocidade, me encorajavam.

No km 14 passei pelo Marcos Paulo, que estava fazendo a assessoria pros alunos. Percebi que a presença dele pode ser um fator ruim, e bom. Antes de passar por ele, pensava que só iria diminuir o ritmo depois que passasse por ele, então me incentivou, mas depois que passei parece que a dor veio com tudo.


Depois de pegar uma água no próximo posto de hidratação dei alguns passos pra me recuperar, e a dor era muito grande, pensei muito em desistir da prova. Então passou uma brasileira e me encorajou muito, me deu uma esponjinha pra colocar no quadril e de certa forma isso resolveu por instantes meu problema [claro que psicológicamente].

Fiz algumas contas e percebi que se eu mantesse um ritmo, mesmo que leve, eu ia conseguir fazer um tempo razoável, foquei minhas forças em aguentar aquela dor por mais alguns km.

No km 17 passei pelo Tadeu, que me deu mais força pra continuar. A cada passo uma agonia, mas ao mesmo tempo um alívio pois a prova já estava no final.


Nos últimos metros antes da chegada, tentei forçar um pouco mais pra ganhar alguns segundos e terminei a prova em 1:53:15.

Me considero uma vitoriosa, principalmente por que sei que meu potencial vai além do que eu imaginava e sei que consigo fazer melhor.

Agora é só cuidar bem do quadril, focar nos treinos e partir pro próximo desafio!!!

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