Costa Rica - Prova de Aventura!

Depois de dois dias de atividades intensas ainda teríamos que encarar o maior desafio, a Prova de Aventura. Levantei e mal conseguia me agachar de tanto que doíam as minhas coxas, resolvi correr com o Targus que havia colocado na noite anterior.
7 a.m. e o Sol já estava fervendo, enquanto organizávamos nossos camelback, separávamos os suprimentos e colocávamos contact no mapa o Paulinho já estava suando. Resolvemos sair com pouco peso, levando somente um camel de 3 litros e mais um que a Vivi nos cedeu que era uma pochete - camelback, cabia somente 1 litro de água.
Saímos do hotel em nossos super fofos minibus para o local da largada. O pórtico já estava lá nos aguardando em. Demos uma última alongada e passamos filtro solar. Eu, por instrução do Said, organizador da prova, corri de calça, apesar da alta temperatura que fazia.
Pouco mais de 8:30 foi dada a largada, as equipes de ponta já saíram em disparada, nós resolvemos nos poupar nesse início e só manter nosso ritmo, seriam 3,5km de corrida até o rafting. Nesse trecho fui rebocada pelo Rapha.
Chegamos no PC do rafting. O bote era para 06 e não teríamos a ajuda do guia. O Paulinho começou como o leme, mas não estávamos conseguindo manter uma boa direção, mudamos de posição umas 05 vezes e nesse tempo umas 02 equipes nos passaram. Até que nos acertamos e conseguimos buscar uma das equipes.
No meio do rio consegui ver o crocodilo comendo um sapo enorme, eca!
Chegando na margem já levamos o nosso bote e passamos mais uma equipe. Corremos até o PC de bike que estava próximo e já saímos rápido. Passamos alguns trechos de pedal na areia, cruzamos um pequeno riacho e assim foi até chegar a uma subida infinita. O Sol não dava trégua. Eu subi na bike e embalei em uma marcha bem lenta e contínua. Em poucos trechos tive que descer para empurrar a bike mas me sentia mais confortável pedalando, assim que pegava uma parte mais reta já subia de novo na bike, até chegar no topo. Depois me dei mal, chegou o downhill. Eu morrendo de medo, os meninos tentavam me encorajar, fui descendo no meu ritmo, e as 2 equipes que havíamos passado na subida nos alcançaram.
O trecho de descida não era tanto, então logo chegamos na reta, montamos o pelotão e em uma ótima navegação do Paulinho, sem erros, conseguimos passar as equipes, estávamos em 03 lugar.
Embalados no pelotão em uma estradinha de asfalto, o Rapha puxando, derrepente ele vê uma marcação e freia, eu, Paulinho e Neto não conseguimos parar a tempo e engavetamos um no outro. Adivinha quem foi pro chão? Eu!
Joelho direito, cotovelo e ombro esquerdo ralados e meu lindo capacete... que mais uma vez salvou a minha vida! Fora a palma das mãos. Mas não era hora de desistir, estávamos indo super bem, levantei e engoli o choro. A adrenalina fazia minhas mãos e pernas tremer sem parar.
De volta na bike tentei focar no esforço e mesmo com a dificuldade de respirar por causa do susto foquei em tentar acompanhar o pelotão e esquecer as dores e o susto.
Chegando no próximo PC tivemos a ajuda de um cavalinho muito fofo, nos ajudou muito e sem reclamar, eu fui montada e os meninos pendurados tentando economizar um pouco de energia em uma subida interminável de 4,5km.
Deixamos o pocotó em direção ao próximo PC que seria a tiroleza, seriam 15 tirolezas, cerca de 700 m. Mas que não chegava nunca, sobe, sobe, sobe, puf, puf, e nada, depois desce um pouco e aquela estrada não ajudava, terra, pedra, areia, buracos, levei mais uns 02 tombos e finalmente chegamos. Agora era só relaxar e curtir a paisagem maravilhosa!
Estávamos quase no fim, pegamos nossas bikes para o último trecho em terra pedalamos mais um pouco até os caiaques e continuávamos na terceira posição.
Caímos na água quase sem energias, meu ombro doendo por causa do tombo, era quase impossível levantar o braço para remar, mas era a reta final. O Paulinho e o Neto no caiaque atrás de nós tbem estavam nas últimas. Lá do meio do mar podíamos ver a quarta equipe na nossa bota, tínhamos que dar nosso último esforço e lá de longe foco no pórtico e na piscina do hotel que nos aguardavam...
Mais perto da margem as ondinhas nos ajudavam a chegar e finalmente tocamos o chão, eu levando os remos e os meninos puxando os caiaques até a areia.
Mais uns 100 m até o pórtico e nossas últimas energias para cruzar em um trote!
Chegamos!
Algumas marcas de guerra que nos farão lembrar as sensações e o sentimento de missão cumprida!

Agradeço à minha equipe que mesmo há 03 meses sem treinar não deixou a desejar em nenhum momento e também para a FAAP que a cada ano se supera, não tem como não terminar a prova com gostinho de quero mais!

Parabéns as equipes vencedoras: Pedro Vianna, Marco Rossini, André Lemmi e Marina (n.07) e em segundo lugar: Luli Cox, Jonathan, Fran e Igor (n.01) que mandaram muito bem.

Ano que vem tem mais!

Costa Rica - Quarta prova - Corrida noturna

Depois de ter dado aquele sprint final já comecei a sentir algumas dores nas coxas. O cansaço começava a bater e a vontade de que cancelassem a prova era gigante! Mas lá estávamos nós, equipe 26 (Martinha +Skafs) firmes e fortes para a próxima prova.
Desta vez levamos o reboque pq eu não ia ter perna para correr no ritmo deles. Seria uma prova de 5 km de corrida dentro do condomínio do hotel, com alguns jogos nos PC's de golf, flexões, natação e entre outros.
Eu fui rebocada o tempo todo pelo Rapha, enquanto o Neto e o Paulinho faziam os jogos. Logo nos primeiros metros de corrida comecei a sentir muita dor nas coxas, mas não era momento de pensar nisso. Tentei focar e acompanhar o ritmo dos meninos.
Percebia que eles também estávam cansados mas ninguém ali estava reclamando.
No último PC o Neto teria que nadar na piscina do hotel. Quando chegamos no PC ninguém sabia pra onde ir, rolou uma confusão. Estavamos esperando o neto chegar da natação para correr 100 m e passar no pórtico. Chegaram 02 equipes juntas amontoadas, quase se matando para chegar na frente. Depois todos deram risada da situação.

Depois da prova já sentia demais as pernas, tive que tomar uma overdose de remédios para conseguir aguentar o dia seguinte, ainda teriamos 43km pela frente.
Tomei antinflamatorio, advil PM, pomada tiger balm, colei 04 targus nas coxas, fiz de tudo e fui dormir antes mesmo de começar o briefing. Não queria nem pensar no que teriamos que percorrer no dia seguinte, só ia chegar lá e fazer a minha parte.

Costa Rica - Terceira Prova - Trecking 6 km + Rafting

Levantamos para o café da manhã as 4h40. Preparamos nossas malas para passar o dia fora e depois de tomar café conseguimos sair do hotel por volta das 6 da manhã.
Depois de mais de uma hora de viagem chegamos na represa. Dividiram o grupo em 02. Enquanto nós fariamos o trecking, a outra metade desceria no rafting e depois inverteriamos.
Já estava um calor insuportável e muita umidade. A largada do trecking começava piramba acima! Preferimos largar bem devagar, pois com o calor que estava não iriamos conseguir depois baixar o batimento cardíaco.
Logo na largada fomos passados por muitas equipes, mas o segredo era manter o ritmo. Conseguimos ir passando um a um até passar a equipe que liderava nossa bateria. Eu já estava passando mal, com muito calor, o Raphael foi me empurrando o tempo todo e me dando força pra não desistir.
Aos poucos escutávamos que uma equipe se aproximava de nós, mas sabíamos também que a prova estava no fim. Quando vimos o pórtico tiramos forças de onde não tínhamos mais e demos um sprint final, as minhas pernas quase não acompanhavam os passos dos meninos, dive que me apoiar para não cair! Mas ao final deu certo! Chegamos na frente com muita garra!

Depois de todas as equipes chegarem fomos para o rafting, avisamos o nosso guia que nos estávamos lá para vencer a prova! Ele tinha que nos ajudar a fazer um bom tempo.
Largamos e remamos o tempo todo fazendo muita força, conseguimos passar 03 equipes, mas o mais frustrante foi ver uma equipe quase impossível de ser passada com 03 mulheres!!! A gente remava sem parar e não chegava nelas nunca! Achávamos que era culpa do guia que não nos colocava na corrente certa. No final conseguimos passar elas mas o pior foi descobrir o porque que o nosso bote ia tão devagar! Estávamos remando em bote de 06 pessoas enquando elas remavam num bote de 04 pessoas, ou seja, nós estavamos com muito peso extra!

Mas valeu! Depois do rafting fomos para um hotel próximo de uma reserva com uma vista maravilhosa, onde serviram o almoço e pudemos relaxar um pouco na piscina.

E calma que o dia não acabou ainda...

Costa Rica - Segunda Prova - Standup Paddle

Para quem não sabe, Standup Paddle é uma modalidade do surf. A prancha é maior e tem muita flotabilidade então dá pra ficar em pé, e usa-se um remo para remar de pé.

Fizemos um treininho de leve antes para pelo menos conseguir ficar em pé, tarefa quase impossível. Foi uma vídeo cassetada atrás da outra, valeu umas boas risadas.
Saímos nos nossos suber onibus a caminho de uma praia próxima de onde estávamos. A praia não era muito bonita, lá a areia é escura por causa das rochas vulcânicas mas as ondas são boas para que gosta do surf.
Haviam somente 06 pranchas para a prova. Então novamente fomos divididos em várias baterias.
Os quatro da equipe teriam que remar até uma bóia, dar a volta e voltar para revezar com o próximo. Ao terminarem os 04 teriam que passar pelo pórtico de mãos dadas.
Nossa bateria foi a última, tivemos uma ajudadinha da natureza, a maré estava cheia e com menos ondas, então conseguimos um tempo muito bom.
Novamente ficamos entre as cabeças!
Depois de uma tarde de surf, voltamos para o hotel para descansar pois o dia seguinte prometia provas muito pesadas!

Costa Rica - Primeira prova - Canoa havaiana

Para estrear com chave de ouro eu e minha equipe já tínhamos nossa estratégia montada: esse ano viemos para nos divertir! Mas é claro que na hora do vamos ver o sangue sobe e a adrenalina fala mais alto.

Descemos para a praia do hotel onde faríamos prova de canoa havaiana. Foram sorteadas as equipes, que iriam se dividir em 03 baterias e seriam 02 equipes por canoa, ou seja 08 pessoas. Nossa equipe iria na primeira bateria.

A equipe que remou conosco era composta por 02 caras bem grandes e 02 meninas que pelo que parecia nunca foram muito ligadas ao esporte.

Largamos! No começo estava bem difícil abrir das outras equipes mas pensamos em mudar algumas estratégias para ganhar tempo, nas curvas tentávamos acelerar o máximo na saída, para ganhar distancia, e sempre manter a frente, para não amontoar com as outras canoas que se bateram o tempo todo.

Depois de 40 min de remada, tinhamos que sair correndo mais uns 100m até o pórtico e cruzar todos de mãos dadas, por incrível que pareça, essa corrida nos quebrou mais do que os 40 min, minha super equipe quase desmaiou ao passar o pórtico!

Conseguimos! Fomos os primeiros da nossa bateria!

Agora era só esperar as outras 02 baterias para saber nossa classificação geral!

Terminadas as 03 bateras saiu nossa classificação. Maravilha!!! Conseguimos 02 lugar!

Costa Rica - Chegamossss! Ufa!

Saímos de casa por volta das 1h30 da manhã, assim pudemos chegar no aeroporto as 2h00 para começar a nossa jornada quase que infinita!

Nosso vôo saiu por volta das 5h30 da manhã e nós sem dormir, antes de decolar o vôo eu já estava capotada! Fizemos uma escala de uma hora no Panamá para comprar alguns itens mas não achei nada muito interessante e nem com preços tão atrativos como haviam me falado.

Chegamos na Costa Rica na cidade de San José e depois ainda tivemos mais 2 horas de estrada no buzão pra chegar ao hotel!

Nem preciso dizer, o hotel é simplesmente maravilhoso! A minha cama é na altura da minha cintura, preciso de um banquinho (que nem o da fisioterapia) pra subir nela!

A meta mais difícil da nossa viagem será conseguir entrar em todas as piscinas! Tem tantas que não dá nem pra contar!

Eu e a Vivi, minha companheira de provinhas e agora de viagens, chegamos mortas de cansaço e precisando mto de um banho, deixamos para fazer o tour depois de tomar aquele banho.

Quando já tínhamos conhecido todo o hotel, voltamos pro quarto pra descansar um pouco e acabamos cochilando. De repente eu acordo com alguém balançando a minha cama, penso, é a Vivi! E escuto ela me chamando: "Má, o que é isso!!!!" Abro os olhos e ela está longe de mim, quando de repente, minha cama mexendo de novo! Não era a Vivi - TERREMOTO!!!!!

Nós duas pulamos da cama! e o terremoto passou, nossa que susto! Foi um terremoto de mais 5,5 na escala!

Depois fomos jantar e minha querida equipe chegou, eeeeeba! Não vou correr sozinha!

Assim que terminamos de jantar já fomos dormir.

Vou colocar as fotos depois!!!

Próximos desafios!

Há uma semana da prova que venho esperando por mais de um ano, já quase todos os preparativos estão ok.
Nesse um ano muitas coisas aconteceram na minha vida que me fizeram mudar as expectativas e o foco do que eu queria.
Antes não queria nem saber de corridas de rua, achava entediante, uma mesmice, e não acreditava que teria potencial para provas longas, essas exigem um psicológico muito bom, e para mim, que sou uma pessoa ansiosa, ficar mais de 2 horas correndo com uma mesma paisagem para alcançar uma meta final, seria difícil mesmo.
Meu primeiro desafio foi a meia maratona do Rio. Apesar dos contratempos que tive na prova, terminei com vontade de quero mais! Semana que vem vou me reunir com o Marcos Paulo para definir minhas metas e quais provas devo fazer, ele acredita muito no meu potencial e pode me ajudar a melhorar muito meus tempos, que já não estão baixando como antes e nem como deveriam.
Depois do Eco Adventure XV, que sairemos quinta a noite para a Costa Rica, numa prova que dura 3 dias, voltando pro Brasil na próxima quarta, já me comprometi com outra prova. Montamos uma equipe só de mulheres para a corrida de Maresias-Bertioga. Como eu faltei na reunião sobre a prova, fiquei com os piores trechos! Afe.
Somos uma equipe de 06 mulheres, e a prova tem 09 trechos, ou seja, algumas teriam que dobrar, fazer mais de um trecho.
Meus trechos são o 04-05, num percurso fácil, de aproximadamente 5,5km em asfalto e areia batida. Até ai tudo bem, o probema vem depois, vou pegar o penúltimo trecho, 07-08, em um percurso BEM DIFÍCIL, como diz a descrição, serão 11,4km em area dura, asfalto, terra e areia fofa, e já fui informada que tem bastante subida tbem, ou seja, uma semana depois do Eco vou me quebrar novamente. Eeeeee!
Mas gosto de desafios, já convoquei o meu personal coelho - Tadeu, que irá comigo para me incentivar. E depois se sobrar um pouco de gás pretendo terminar a prova com minha companheira de aventuras Vivi Costa que topou fazer o trecho mais difícil, a serrinha de Maresias, que é o último trecho!!!

Bom, vamos ver o que as próximas semanas nos esperam, manterei o blog atualizado sobre a prova do Eco, com certeza será um show!!!