Depois de dois dias de atividades intensas ainda teríamos que encarar o maior desafio, a Prova de Aventura. Levantei e mal conseguia me agachar de tanto que doíam as minhas coxas, resolvi correr com o Targus que havia colocado na noite anterior.
7 a.m. e o Sol já estava fervendo, enquanto organizávamos nossos camelback, separávamos os suprimentos e colocávamos contact no mapa o Paulinho já estava suando. Resolvemos sair com pouco peso, levando somente um camel de 3 litros e mais um que a Vivi nos cedeu que era uma pochete - camelback, cabia somente 1 litro de água.
Saímos do hotel em nossos super fofos minibus para o local da largada. O pórtico já estava lá nos aguardando em. Demos uma última alongada e passamos filtro solar. Eu, por instrução do Said, organizador da prova, corri de calça, apesar da alta temperatura que fazia.
Pouco mais de 8:30 foi dada a largada, as equipes de ponta já saíram em disparada, nós resolvemos nos poupar nesse início e só manter nosso ritmo, seriam 3,5km de corrida até o rafting. Nesse trecho fui rebocada pelo Rapha.
Chegamos no PC do rafting. O bote era para 06 e não teríamos a ajuda do guia. O Paulinho começou como o leme, mas não estávamos conseguindo manter uma boa direção, mudamos de posição umas 05 vezes e nesse tempo umas 02 equipes nos passaram. Até que nos acertamos e conseguimos buscar uma das equipes.
No meio do rio consegui ver o crocodilo comendo um sapo enorme, eca!
Chegando na margem já levamos o nosso bote e passamos mais uma equipe. Corremos até o PC de bike que estava próximo e já saímos rápido. Passamos alguns trechos de pedal na areia, cruzamos um pequeno riacho e assim foi até chegar a uma subida infinita. O Sol não dava trégua. Eu subi na bike e embalei em uma marcha bem lenta e contínua. Em poucos trechos tive que descer para empurrar a bike mas me sentia mais confortável pedalando, assim que pegava uma parte mais reta já subia de novo na bike, até chegar no topo. Depois me dei mal, chegou o downhill. Eu morrendo de medo, os meninos tentavam me encorajar, fui descendo no meu ritmo, e as 2 equipes que havíamos passado na subida nos alcançaram.
O trecho de descida não era tanto, então logo chegamos na reta, montamos o pelotão e em uma ótima navegação do Paulinho, sem erros, conseguimos passar as equipes, estávamos em 03 lugar.
Embalados no pelotão em uma estradinha de asfalto, o Rapha puxando, derrepente ele vê uma marcação e freia, eu, Paulinho e Neto não conseguimos parar a tempo e engavetamos um no outro. Adivinha quem foi pro chão? Eu!
Joelho direito, cotovelo e ombro esquerdo ralados e meu lindo capacete... que mais uma vez salvou a minha vida! Fora a palma das mãos. Mas não era hora de desistir, estávamos indo super bem, levantei e engoli o choro. A adrenalina fazia minhas mãos e pernas tremer sem parar.
De volta na bike tentei focar no esforço e mesmo com a dificuldade de respirar por causa do susto foquei em tentar acompanhar o pelotão e esquecer as dores e o susto.
Chegando no próximo PC tivemos a ajuda de um cavalinho muito fofo, nos ajudou muito e sem reclamar, eu fui montada e os meninos pendurados tentando economizar um pouco de energia em uma subida interminável de 4,5km.
Deixamos o pocotó em direção ao próximo PC que seria a tiroleza, seriam 15 tirolezas, cerca de 700 m. Mas que não chegava nunca, sobe, sobe, sobe, puf, puf, e nada, depois desce um pouco e aquela estrada não ajudava, terra, pedra, areia, buracos, levei mais uns 02 tombos e finalmente chegamos. Agora era só relaxar e curtir a paisagem maravilhosa!
Estávamos quase no fim, pegamos nossas bikes para o último trecho em terra pedalamos mais um pouco até os caiaques e continuávamos na terceira posição.
Caímos na água quase sem energias, meu ombro doendo por causa do tombo, era quase impossível levantar o braço para remar, mas era a reta final. O Paulinho e o Neto no caiaque atrás de nós tbem estavam nas últimas. Lá do meio do mar podíamos ver a quarta equipe na nossa bota, tínhamos que dar nosso último esforço e lá de longe foco no pórtico e na piscina do hotel que nos aguardavam...
Mais perto da margem as ondinhas nos ajudavam a chegar e finalmente tocamos o chão, eu levando os remos e os meninos puxando os caiaques até a areia.
Mais uns 100 m até o pórtico e nossas últimas energias para cruzar em um trote!
Chegamos!
Algumas marcas de guerra que nos farão lembrar as sensações e o sentimento de missão cumprida!
Agradeço à minha equipe que mesmo há 03 meses sem treinar não deixou a desejar em nenhum momento e também para a FAAP que a cada ano se supera, não tem como não terminar a prova com gostinho de quero mais!
Parabéns as equipes vencedoras: Pedro Vianna, Marco Rossini, André Lemmi e Marina (n.07) e em segundo lugar: Luli Cox, Jonathan, Fran e Igor (n.01) que mandaram muito bem.
Ano que vem tem mais!
Parabêns Martha!!!
ResponderExcluirNo ano que vem, se alguma equipe estiver procurando alguém para ir, estou a fim. Sou ex-aluno!!! Me formei em 1995. Que vontade de ter ido. BJS